x

Novidades

Fique por dentro dos principais conteúdos, notícias e novidades.



Doença do carrapato em cachorro: tipos, sintomas, tratamento e prevenção

Atualizado em 01/08/2025

Translator

 

Seu cachorro anda mais quieto do que o normal? Pode ser mais do que cansaço. A Erliquiose canina, popularmente conhecida como doença do carrapato em cachorro, é silenciosa no início e pode colocar a vida do seu pet em risco.

Causada por microrganismos transmitidos pela picada de carrapatos, essa condição abrange diferentes infecções que comprometem o sistema sanguíneo e imunológico dos animais.

E, embora possa parecer distante, o risco está presente tanto em ambientes urbanos quanto em áreas rurais.

Neste artigo, veja o que é a doença do carrapato em cachorro, quais são os tipos mais comuns e como identificar os sintomas.

Vamos abordar ainda como ocorre a transmissão, quais exames são usados no diagnóstico, quais os tratamentos disponíveis e, principalmente, como prevenir a infecção.

Se você se preocupa com a saúde do seu melhor amigo, continue a leitura.

O que é a doença do carrapato em cachorro?

A doença do carrapato em cachorro é o nome popular dado a um grupo de infecções transmitidas por carrapatos, principalmente o Rhipicephalus sanguineus, o carrapato-marrom.

Essas doenças são causadas por microrganismos como bactérias e protozoários, que entram na corrente sanguínea do animal e afetam, em especial, o sistema hematológico.

Quando não tratadas a tempo, essas infecções podem causar complicações graves e colocar em risco a vida do animal. Por isso, é essencial manter a prevenção contra carrapatos e buscar orientação veterinária ao menor sinal de alteração na saúde do pet.

Quais são os tipos de doenças do carrapato em cachorro?

Cachorro deitado com expressão abatida, sinal de alerta para sintomas da doença do carrapato em cachorro.

Os carrapatos são vetores de diversas doenças que afetam a saúde dos cães de forma significativa. As mais comuns são a erliquiose, a babesiose, a anaplasmose e a febre maculosa (riquetsiose).

Cada uma possui características próprias, com diferentes espécies de agentes causadores, mecanismos de transmissão e manifestações clínicas. A seguir, apresentamos um panorama geral de cada uma dessas doenças.

Erliquiose

A erliquiose é uma infecção causada por bactérias do gênero Ehrlichia, com destaque para Ehrlichia canis, transmitida principalmente pelo carrapato-marrom (Rhipicephalus sanguineus).

Essa doença afeta os glóbulos brancos dos cães e pode causar febre, apatia, perda de peso, sangramentos e alterações hematológicas.

Estudos indicam que raças como Husky Siberiano e Pastor Alemão tendem a apresentar formas mais severas da infecção.

Além da transmissão por carrapato, a doença também pode ocorrer por transfusão de sangue contaminado.

Babesiose

A babesiose canina é provocada por protozoários do gênero Babesia, que invadem e destroem as hemácias (glóbulos vermelhos), causando anemia hemolítica.

As principais espécies envolvidas em cães são Babesia canis e Babesia gibsoni, transmitidas por carrapatos ixodídeos (mais conhecidos como carrapatos duros).

Após a picada, os parasitas atingem a corrente sanguínea e se multiplicam dentro das células, comprometendo o sistema circulatório e desencadeando sintomas como febre, mucosas pálidas, icterícia e fraqueza generalizada.

Anaplasmose

A anaplasmose é uma doença bacteriana causada por microrganismos do gênero Anaplasma, sendo A. platys e A. phagocytophilum as espécies mais relevantes em cães.

Essas bactérias intracelulares comprometem a função das plaquetas e dos leucócitos, que afetam o sistema imunológico e a coagulação do sangue.

Transmitida principalmente pelos carrapatos Rhipicephalus sanguineus e Ixodes spp., a anaplasmose pode apresentar sinais clínicos leves a graves, incluindo febre, letargia, sangramentos e trombocitopenia. Algumas cepas têm potencial zoonótico.

Riquetsiose (Febre maculosa)

A febre maculosa, também chamada de riquetsiose, é uma zoonose grave causada por bactérias do gênero Rickettsia, como R. rickettsii e R. parkeri.

Nos cães, a infecção ocorre por meio da picada de carrapatos infectados do gênero Amblyomma, especialmente o A. sculptum (carrapato-estrela).

A doença se manifesta com sintomas inespecíficos como febre alta, apatia e complicações multissistêmicas. É considerada uma enfermidade de notificação obrigatória no Brasil e representa risco tanto para animais quanto para seres humanos.

Quais os sintomas de um cachorro com a doença do carrapato?

Alguns dos sinais clínicos mais comuns de doença do carrapato em cachorro são:

  • Febre persistente;
  • Letargia e cansaço excessivo;
  • Prostração, com aparência de tristeza e desânimo;
  • Fraqueza muscular;
  • Perda de apetite ou recusa alimentar;
  • Sangramentos, que podem se manifestar pela urina (hematúria), pelo nariz (epistaxe) ou na pele (petéquias e hematomas);
  • Dificuldade respiratória;
  • Inchaço dos gânglios linfáticos (ínguas).

 

Em geral, os sintomas podem variar bastante em intensidade e nem sempre são fáceis de identificar. Muitas vezes, são sinais genéricos e discretos, o que pode dificultar o diagnóstico precoce.

Alguns cães apresentam sintomas leves, enquanto outros desenvolvem quadros mais graves com comprometimento sistêmico.

Contudo, a presença de um mais desses sinais exige atenção imediata. Quanto antes for feito o diagnóstico e iniciado o tratamento, maiores são as chances de recuperação do animal e menores os riscos de complicações.

Leia mais: Como saber se o cachorro está com dor?

Como é a transmissão da doença do carrapato?

A transmissão da doença do carrapato em cachorro ocorre principalmente pela picada de carrapatos infectados, que introduzem microrganismos patogênicos diretamente na corrente sanguínea do animal durante o repasto (alimentação do sangue do hospedeiro).

Em casos mais raros, a infecção também pode ocorrer por transfusão sanguínea contaminada.

No Brasil, o principal vetor dessas doenças é o carrapato-marrom (Rhipicephalus sanguineus), muito encontrado em ambientes urbanos e periurbanos. É ele o principal responsável por causar transmitir erliquiose, babesiose e anaplasmose aos cães.

Além dele, outras espécies também podem estar envolvidas. Os carrapatos do gênero Amblyomma têm importância em regiões com maior contato com fauna silvestre e são associados à transmissão da febre maculosa em cães.

Já carrapatos do gênero Ixodes, embora menos comuns no país, têm potencial de transmitir bactérias como Anaplasma phagocytophilum, especialmente em áreas de vegetação nativa.

Como diagnosticar a doença do carrapato em cachorro?

Cachorro com doença do carrapato sendo examinado

O diagnóstico da doença do carrapato em cachorro deve sempre ser feito por um médico veterinário. Como os sintomas são inespecíficos, é necessário realizar exames específicos para confirmar a presença de agentes infecciosos.

Os exames mais utilizados incluem hemograma completo, sorologias (como IFAT), exames moleculares como PCR e, em alguns casos, análises citológicas para observação direta dos parasitas no sangue.

A combinação de histórico clínico, sintomas e exames laboratoriais é o que permite um diagnóstico preciso.

O atendimento veterinário precoce é decisivo para a eficácia do tratamento. Ao notar qualquer alteração no comportamento ou na saúde do pet, especialmente após exposição a ambientes com carrapatos, é importante buscar orientação profissional o quanto antes.

Qual é o tratamento para a doença do carrapato em cachorro?

O tratamento da doença do carrapato em cães depende do tipo de infecção envolvida, além da gravidade do quadro clínico apresentado pelo animal. Por isso, o acompanhamento veterinário é indispensável desde os primeiros sinais da doença.

Em situações mais complexas, pode ser necessário associar diferentes fármacos ou estender o tempo de tratamento.

Além disso, muitos cães acometidos requerem cuidados de suporte, como hidratação, controle da dor, correção de anemia ou trombocitopenia e, em alguns casos, transfusão sanguínea.

A resposta ao tratamento é geralmente positiva quando a intervenção é iniciada de forma precoce, o que reforça a importância do diagnóstico rápido.

A adesão ao tratamento completo e o acompanhamento clínico até a recuperação total são fundamentais para evitar recaídas ou sequelas.

Vale lembrar que o controle dos carrapatos também deve ser parte do plano terapêutico, a fim de evitar reinfestações e novas infecções.

Saiba mais: Como acabar com pulgas no cachorro?

Doença do carrapato em cachorro: dúvidas frequentes

A doença do carrapato em cachorro ainda gera muitas dúvidas entre tutores e cuidadores. Para ajudar a esclarecer as principais questões sobre diagnóstico, tratamento e prevenção, selecionamos a seguir algumas das perguntas mais frequentes sobre o assunto. Confira:

O que fazer para curar o cachorro da doença do carrapato?

O primeiro passo é levar o animal ao médico veterinário assim que surgirem os primeiros sinais da doença, como febre, fraqueza ou sangramentos.

O profissional irá realizar os exames necessários para identificar a doença exata transmitida pelo carrapato e iniciar o tratamento adequado.

A cura depende de um diagnóstico precoce, do uso correto dos medicamentos e do cuidado contínuo com o bem-estar do animal durante o processo de recuperação.

Qual o remédio para tratar a doença do carrapato?

O tratamento da doença do carrapato, que pode ser causada por diferentes agentes, deve sempre ser orientado por um(a) médico(a) veterinário, porque varia conforme o agente envolvido, o estágio da infecção e o estado geral do animal.

No portfólio da União Química, contamos com opções veterinárias que atuam nesses protocolos, podendo contribuir para o manejo seguro e eficaz da doença, sempre conforme prescrição do profissional responsável.

Quais as chances de um cachorro sobreviver à doença do carrapato?

As chances de um cachorro se recuperar da doença do carrapato são geralmente boas, desde que o diagnóstico seja feito precocemente e o tratamento seja iniciado de forma adequada.

A resposta ao tratamento costuma ser favorável, principalmente nos estágios iniciais da infecção. No entanto, em casos mais avançados ou quando há co-infecção por mais de um agente, o quadro pode se agravar, exigindo cuidados intensivos.

Por isso, a atenção aos sintomas e a busca rápida por atendimento veterinário são fundamentais.

Como deve ser a alimentação de um cachorro com doença do carrapato?

Durante o tratamento, é essencial oferecer ao cão uma dieta nutritiva e balanceada, adaptada ao seu estado de saúde. A alimentação deve ser rica em proteínas de boa qualidade, vitaminas e minerais para ajudar na recuperação do organismo.

A hidratação também merece atenção: o consumo de água deve ser incentivado o tempo todo.

Em quadros mais severos, pode ser necessário o uso de suplementos nutricionais, sempre com orientação do médico veterinário. Esse cuidado é fundamental no suporte às doenças caninas transmitidas por carrapatos.

Doença do carrapato é transmissível para humanos?

É importante esclarecer que as doenças popularmente chamadas de “doença do carrapato” nos cães, como a erliquiose, a babesiose e a anaplasmose, não são transmitidas diretamente dos cães para os humanos.

No entanto, algumas doenças veiculadas por carrapatos podem sim afetar pessoas, mas isso ocorre por meio da picada do próprio carrapato infectado.

No Brasil, a principal preocupação é a febre maculosa, uma zoonose transmitida por carrapatos do gênero Amblyomma (conhecido como carrapato-estrela). A infecção acontece quando o carrapato contaminado pica diretamente o ser humano, não havendo contágio por contato com cães doentes.

Por isso, a prevenção contra carrapatos é essencial não apenas para a saúde dos pets, mas também para reduzir o risco de exposição das pessoas a essas doenças.

Como prevenir a doença do carrapato em meu cachorro?

Homem segurando pata de cachorro

A prevenção é a forma mais eficaz de proteger os cães contra as doenças transmitidas por carrapatos. Adotar medidas de controle regulares e manter a atenção constante com o ambiente são atitudes essenciais para garantir a saúde do seu pet.

Entre as principais práticas preventivas, destacamos:

  • Uso de antiparasitários: produtos tópicos ou comprimidos específicos para o controle de carrapatos devem ser administrados conforme orientação do médico veterinário;
  • Higiene do ambiente: manter o local onde o cão vive sempre limpo e seco, evitando acúmulo de folhas, frestas ou sujeiras, que servem de abrigo para os carrapatos;
  • Inspeção frequente: examinar o corpo do animal regularmente, principalmente após passeios em áreas gramadas ou de mata;
  • Evitar locais de risco: reduzir a exposição do cão a áreas sabidamente infestadas por carrapatos;
  • Acompanhamento veterinário: realizar check-ups periódicos e manter o calendário de vermifugação e vacinação atualizado.

 

A União Química possui um portfólio amplo e moderno voltado à saúde animal, com soluções que contribuem para a nutrição, qualidade de vida e tratamento dos pets.

Converse com seu médico veterinário sobre os nossos produtos e descubra como eles podem apoiar a proteção e o bem-estar do seu cachorro.

Conclusão

A doença do carrapato em cachorro é uma condição séria que pode comprometer a saúde e a qualidade de vida dos pets.

Ao longo deste artigo, explicamos o que é essa doença, os principais tipos de infecções envolvidas (erliquiose, babesiose, anaplasmose e febre maculosa), os sintomas mais comuns, as formas de transmissão e as alternativas de diagnóstico e tratamento disponíveis.

Reforçamos ainda a importância da prevenção como melhor estratégia para proteger os cães, destacando boas práticas de controle ambiental e o papel essencial do acompanhamento veterinário.

Se você quer manter seu pet longe da doença do carrapato, converse com seu veterinário e conheça as soluções da União Química para a saúde animal.

Aproveite para visitar nosso blog e conferir outros conteúdos sobre saúde humana e animal.

 

 

Referências bibliográficas:





Ir para o topo