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Entenda por que a mastite clínica e subclínica merecem a sua atenção imediata

Atualizado em 01/08/2025

A mastite clínica e subclínica representam duas das maiores preocupações na pecuária leiteira, pois causam impactos visíveis e ocultos na produção.

Enquanto a forma clínica mostra sinais como leite alterado e úbere inflamado, a subclínica age sem sintomas visíveis, pela redução da produção e qualidade do leite sem aviso.

Infelizmente, muitos produtores só percebem o problema quando a conta já está alta: queda na produtividade, perda de bonificação no leite e custos com tratamentos.

Por isso, neste caso, a informação e prevenção é a melhor solução.

Afinal, conhecer essas condições, seus métodos de diagnóstico e formas de controle é o que mantém a saúde do rebanho e a rentabilidade da produção.

Então, bora ficar por dentro?

A seguir, vamos apresentar cada aspecto da mastite clínica e subclínica para ajudar você a proteger sua produção.

 

O que é mastite clínica e subclínica?

Mastite é uma inflamação que afeta as glândulas mamárias das vacas, causada por fungos ou, principalmente, bactérias.

Ela se divide em dois tipos:

  • mastite clínica: apresenta sinais visíveis, como leite com grumos, pus ou sangue, além de inchaço e vermelhidão no úbere; em casos graves, a vaca pode ter febre, fraqueza e até risco de morte;
  • mastite subclínica: não mostra alterações visíveis no leite ou no animal, mas reduz a qualidade do leite e aumenta a contagem de células somáticas; no mais, só é detectada por testes específicos, como o CMT.

 

A mastite clínica e subclínica exigem atenção uma vez que impactam a saúde do animal e a qualidade do leite.

Qual a diferença entre mastite clínica e subclínica?

A mastite clínica apresenta sinais visíveis, como grumos no leite, sangue, leite aguado, além de inchaço, vermelhidão e dor no úbere, enquanto a mastite subclínica não mostra nenhum sinal aparente no leite ou na vaca e só é detectada por testes, como o CMT e a CCS.

Para que você entenda todos os pontos que diferem a mastite clínica e subclínica, abaixo apresentamos uma tabela com detalhes. Confira.

Característica Mastite Clínica Mastite Subclínica
Presença de sintomas visíveis Sim. Alterações no leite (grumos, sangue, leite aguado) e, em alguns casos, no úbere (inchaço, vermelhidão, dor). Não. Não há sinais visíveis no leite nem no úbere.
Impacto na vaca Pode apresentar febre, falta de apetite, desidratação e queda na produção, principalmente nos casos graves. Queda na produção de leite e na qualidade, mas sem alteração visível no animal.
Frequência nos rebanhos Menos frequente (5% a 10% dos casos). Muito mais comum (90% a 95% dos casos).
Forma de diagnóstico Observação direta do leite e do úbere. Testes como CMT, CCS, WMT ou condutividade elétrica.
Classificação Leve (só altera o leite), moderada (afeta leite e úbere) e grave (afeta leite, úbere e o estado geral da vaca). Não se classifica em graus. Pode ser transitória ou crônica.
Consequências econômicas Perda de produção durante o tratamento e possível descarte do leite afetado. Redução constante na produção, perda de qualidade e menor bonificação na venda do leite.
Tratamento Direto, baseado nos sinais. Exige diagnóstico preciso; muitas vezes, o animal pode ser descartado se for um caso crônico.

 

Úbere de vaca leiteira com sinais visíveis, usado para ilustrar casos de mastite clínica e subclínica em bovinos.

Mastite clínica

Daqui em diante, apresentamos os sintomas e diagnóstico da mastite clínica. Acompanhe.

Quais são os sintomas da mastite clínica?

Entre os sintomas da mastite clínica estão

  • inchaço, vermelhidão e dor no úbere e nos tetos;
  • leite com grumos, pus, traços de sangue ou aspecto mais ralo;
  • redução no volume de leite produzido;
  • alterações no comportamento, como apatia e isolamento;
  • falta de apetite;
  • febre e sinais de mal-estar, principalmente nos casos mais severos;
  • nos quadros mais graves, pode levar à morte do animal.

Como diagnosticar mastite clínica?

O diagnóstico da mastite clínica é feito de forma visual, por meio do teste da caneca de fundo preto, que deve fazer parte da rotina da ordenha.

Para fazê-lo, basta descartar os três primeiros jatos de leite de cada teto na caneca e observar se há alterações, como:

  • grumos ou coágulos;
  • pus;
  • sangue;
  • leite aguado ou com coloração anormal.

 

Esse método é eficaz para detectar precocemente a mastite clínica, o que permite o tratamento imediato e reduz prejuízos.

 

Checklist do teste da caneca de fundo preto para identificar sinais de mastite clínica e subclínica no leite bovino

Mastite subclínica

Neste tópico, apresentamos a você os sintomas e diagnóstico da mastite subclínica. Veja.

Quais são os sintomas da mastite subclínica?

A mastite subclínica é mais difícil de identificar porque não apresenta sinais visíveis no úbere ou no leite (sem inchaço, vermelhidão, grumos ou pus).

Ou seja, a vaca parece saudável, sem febre ou mudanças de comportamento.

Porém, alguns indícios indiretos revelam o problema, como:

  • queda na produção de leite sem causa aparente;
  • aumento da Contagem de Células Somáticas (CCS) no leite;
  • redução na qualidade do leite (menos gordura e proteína).

Como diagnosticar mastite subclínica?

O diagnóstico da mastite subclínica precisa de um olhar mais atento, já que ela não apresenta sinais visíveis no leite ou no úbere da vaca.

Então, para diagnosticá-la, são utilizados testes específicos que ajudam a identificar alterações na qualidade do leite, como o CMT, CSS e WMT.

O mais comum é o teste de CMT (California Mastitis Test), feito diretamente na sala de ordenha.

Ele é simples, rápido e de baixo custo, realizado “ao pé da vaca”.

Nesse teste, mistura-se o leite com um reagente azul ou arroxeado.

Se houver alta contagem de células somáticas, o leite forma um gel, o que indica um resultado positivo para mastite subclínica.

Outro método é a CCS (Contagem de Células Somáticas), realizada em laboratório, que avalia precisamente a quantidade de células no leite.

Nele, valores acima de 200 mil células por mililitro já indicam a presença da doença.

Também existe o WMT (Wisconsin Mastitis Test) e a contagem eletrônica de células somáticas, que são ferramentas complementares no monitoramento da saúde do rebanho.

 

Vacas em linha com úberes proeminentes, exemplificando a importância do diagnóstico precoce da mastite clínica e subclínica.

O que causa mastite subclínica e clínica?

A mastite clínica e subclínica é causada principalmente por bactérias que penetram no úbere, geralmente através do canal do teto.

Neste cenário, fatores como má higiene na ordenha, equipamentos mal higienizados, lesões nos tetos, ambiente sujo e manejo de vacas leiteiras inadequado favorecem a infecção, logo, comprometem a saúde da vaca e a qualidade do leite.

Tratamento da mastite clínica e subclínica

Para mastite clínica leve a moderada, indicam-se antibióticos intramamários, mas em casos graves, associa-se o tratamento intramamário com antibióticos sistêmicos.

Já a mastite subclínica é tratada com antibióticos intramamários durante a lactação ou, em vacas com alta contagem de células somáticas, com terapia de secagem (cefalosporinas e selante de teto).

Alertamos que em infecções crônicas, o descarte pode ser necessário.

No mais, destacamos que em todos os casos, a orientação veterinária é essencial para decisões adequadas.

Como prevenir mastite clínica e subclínica?

Para evitar a mastite clínica e subclínica, recomenda-se:

  • higiene rigorosa na ordenha (limpeza de tetos, equipamentos e mãos dos ordenhadores);
  • pré e pós-dipping (imersão dos tetos em solução desinfetante antes e após a ordenha);
  • secagem adequada dos tetos com papel descartável;
  • manutenção correta das camas (limpas, secas e confortáveis);
  • descarte de vacas com mastite crônica;
  • monitoramento constante (testes CMT e CSS);
  • alimentação de vacas que seja nutritiva e balanceada para fortalecer a imunidade.

 

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Conclusão

Ao longo deste conteúdo, mostramos a você os principais aspectos da mastite clínica e subclínica, desde sintomas e diagnóstico até a prevenção e tratamento.

Enquanto a forma clínica apresenta sinais visíveis, como alterações no leite e inflamação no úbere, a subclínica é silenciosa, logo, exige testes como CMT e CCS para sua detecção.

Ambas impactam a saúde do rebanho e a qualidade do leite, o que reforça a necessidade de medidas preventivas, como higiene rigorosa, manejo adequado e monitoramento constante.

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Referências bibliográficas:

Repositório de Informação Tecnológica da Embrapa. Como identificar a vaca com mastite em sua propriedade. Disponível em:  https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/1038822/1/CartilhaMastitecompleta.pdf Acesso em junho de 2025.

Portal do Agronegócio. Mastite clínica e subclínica: entenda o que as diferenciam e suas principais características. Disponível em: https://www.portaldoagronegocio.com.br/tecnologia/pesquisas/noticias/mastite-clinica-e-subclinica-entenda-o-que-as-diferenciam-e-suas-principais-caracteristicas Acesso em junho de 2025.

Fundação Roge. Mastite clínica e subclínica: sintomas, prevenção e tratamento. Disponível em: https://www.fundacaoroge.org.br/blog/mastiteclinicaemastitesubclinica Acesso em junho de 2025.

 





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