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Refluxo: tipos, sintomas, tratamento e como evitar

Atualizado em 06/08/2025

Sentir a sensação de queimação no peito, principalmente depois de comer, é uma situação que muita gente conhece bem.

 O refluxo, ou doença do refluxo gastroesofágico, acontece quando o conteúdo do estômago volta para o esôfago, provocando sintomas incômodos e, em alguns casos, até complicações mais graves.

Embora seja comum, é também importante entender que a condição precisa de cuidado e acompanhamento médico para evitar complicações no longo prazo.

Por isso, siga com a leitura deste artigo e aprenda, de vez, o que é o refluxo, quais são seus tipos, causas, sintomas, opções de tratamento e as melhores dicas para preveni-lo.

Refluxo: o que é?

O refluxo é o retorno involuntário do conteúdo do estômago para o esôfago, ou até para a garganta.

 Esse movimento de volta acontece porque a válvula que separa o estômago do esôfago, chamada esfíncter esofágico inferior, não consegue se fechar totalmente.

Como o suco gástrico é ácido, ele pode irritar a parede do esôfago, e isso tende a causar sintomas como azia, sensação de queimação no peito e gosto azedo na boca.

E olha que curioso: o refluxo pode ser ocasional, depois de uma refeição muito pesada, ou se tornar crônico, quando ocorre com frequência e afeta a qualidade de vida.

 Inclusive, é algo presente na rotina de mais de 25 milhões de brasileiros.

Independentemente de ser algo pontual ou crônico, vale buscar acompanhamento médico para evitar complicações e receber o tratamento adequado.

O que leva uma pessoa a ter refluxo?

O refluxo acontece principalmente quando o esfíncter esofágico inferior, que funciona como uma válvula entre o esôfago e o estômago, não fecha corretamente.

 Isso faz com que o conteúdo ácido do estômago retorne para o esôfago, o que gera irritação na parede do esôfago, levando a sensação de queimação. Alguns fatores aumentam a chance de ter refluxo, como:

  • Obesidade;
  • Gestação;
  • Alimentação rica em gorduras;
  • Consumo excessivo de álcool;
  • Cigarro;
  • Hábitos como deitar logo após comer ou usar roupas muito apertadas na região abdominal;
  • Alterações anatômicas, como a hérnia de hiato, também podem favorecer o problema.

 

Por ser tão frequente e as causas serem tão amplas, entendê-las ajuda a adotar medidas para prevenir o refluxo e buscar orientação adequada sempre que os sintomas surgirem.

Mulher na cama com sintomas de refluxo gastroesofágico

Quais são os tipos de refluxo?

O refluxo não é sempre igual para todo mundo porque existem diferentes tipos, dependendo de como ele acontece, quais partes do corpo afeta e o que provoca seu aparecimento.

Os principais são o refluxo gastroesofágico e o refluxo laringofaríngeo, mas ainda existem classificações que se referem ao refluxo primário ou secundário, e até outros quadros menos comuns. 

Vamos aprender mais sobre eles nos tópicos abaixo e, com isso, você pode entender o que te afeta e buscar o diagnóstico e tratamento com um médico.

Refluxo gastroesofágico

O refluxo gastroesofágico, também chamado de DRGE (doença do refluxo gastroesofágico), é o tipo mais frequente. 

Ele acontece quando o conteúdo ácido do estômago volta repetidamente para o esôfago, causando inflamação, azia, sensação de queimação e, às vezes, até tosse seca ou pigarro persistente.

Se não for tratado, pode levar a complicações, como esofagite ou estreitamento da parte inferior do esôfago. Por isso, quem sente esses sintomas com frequência deve procurar orientação médica para uma avaliação.

Refluxo laringofaríngeo

No refluxo laringofaríngeo, o ácido sobe ainda mais e atinge a região da laringe e da faringe. Como resultado, pode provocar rouquidão, sensação de garganta irritada, tosse crônica e até problemas respiratórios.

Muitas vezes, o paciente não sente a queimação típica da azia, um sintoma que tende a fazer com que a pessoa busque diagnóstico com mais agilidade.

 Por isso, ao notar esses sintomas persistentes, converse com um médico para investigar a causa e iniciar o tratamento adequado.

Refluxo primário e secundário

O refluxo primário acontece sem relação com outras doenças, geralmente por alterações no funcionamento do esfíncter esofágico inferior. Já o refluxo secundário é consequência de outras condições de saúde, como hérnia de hiato ou alterações motoras do esôfago.

Essa diferenciação ajuda o profissional a identificar a origem do problema e a escolher o melhor tratamento para cada caso.

Outras classificações do refluxo

Além das categorias acima citadas, existem formas menos comuns de refluxo, como:

  • Refluxo alcalino (em que o conteúdo que volta ao esôfago não é ácido, mas composto por bile);
  • Refluxos relacionados a alterações motoras graves do trato digestivo.

 

Ambos os casos exigem investigação médica especializada, pois podem estar associados a doenças mais complexas e também demandam exames específicos.

Abaixo, você pode entender melhor as características de cada tipo de refluxo que citamos até aqui:

Tipo de Refluxo Características
Refluxo gastroesofágico (DRGE) Retorno do conteúdo ácido do estômago ao esôfago; causa azia, queimação no peito, regurgitação, tosse seca ou pigarro; pode levar a esofagite se não tratado.
Refluxo laringofaríngeo O ácido chega até a laringe e a faringe; provoca rouquidão, irritação na garganta, tosse crônica e problemas respiratórios; nem sempre gera azia, dificultando o diagnóstico.
Refluxo primário Surge sem relação com outras doenças; geralmente envolve falhas no funcionamento do esfíncter esofágico inferior, permitindo a volta do conteúdo gástrico.
Refluxo secundário Está associado a outras condições de saúde, como hérnia de hiato ou distúrbios motores do esôfago; requer tratamento da doença de base para controle do refluxo.
Refluxo alcalino Conteúdo que reflui não é ácido, mas composto por bile; pode irritar o esôfago e causar sintomas semelhantes ao ácido; geralmente mais difícil de tratar e diagnosticar.
Outros refluxos Incluem casos relacionados a distúrbios graves da motilidade do sistema digestivo; podem exigir exames complementares e acompanhamento médico especializado para diagnóstico e definição de tratamento adequado.

 

 

Quais são os sintomas de refluxo?

Os sintomas do refluxo podem variar de pessoa para pessoa, mas os mais comuns são azia (sensação de queimação no peito), regurgitação de líquidos ou alimentos, gosto ácido na boca, sensação de bola na garganta e dificuldade para engolir.

 Algumas pessoas também relatam tosse seca persistente, rouquidão e dor de garganta, principalmente no caso do refluxo laringofaríngeo.

 Esses sinais costumam piorar depois de refeições muito volumosas, ao se deitar ou ao fazer esforço físico logo após comer.

 É importante observar a frequência e a intensidade dos sintomas, pois, quando acontecem de forma repetida precisam ser avaliados por um profissional de saúde.

O que agrava o refluxo?

O refluxo costuma estar ligado ao mau funcionamento do esfíncter esofágico inferior, mas vários fatores podem agravar o problema.

 Entre eles estão a obesidade, a gravidez, a presença de hérnia de hiato, o consumo excessivo de alimentos gordurosos, frituras, café, chocolate e bebidas alcoólicas, além do tabagismo. 

Há ainda hábitos comportamentais que contribuem, como deitar logo depois de comer ou usar roupas muito apertadas na região do abdômen.

Segundo a Sociedade Brasileira de Motilidade Digestiva, até 20% da população mundial sofre de DRGE. Isso mostra como esse problema é bastante comum e como o estilo de vida merece atenção.

Qual é o tratamento para refluxo?

O tratamento do refluxo envolve mudança de hábitos, medicamentos e, em casos mais severos, até cirurgia.

 Normalmente, o primeiro passo é ajustar a alimentação, evitando comidas gordurosas e muito condimentadas, além de reduzir o volume das refeições. 

Também é recomendado não se deitar logo após comer e controlar o peso. Se essas medidas não forem suficientes, o médico pode prescrever medicamentos que reduzem a acidez do estômago e protegem a mucosa do esôfago.

E quando há complicações ou falhas no tratamento clínico, a cirurgia para correção do refluxo pode ser considerada. Mas atenção, pois cada caso deve ser avaliado de forma individualizada, sempre com o acompanhamento profissional.

Homem com a mão no peito e dor típica de refluxo

Como é feito o diagnóstico do refluxo?

O diagnóstico do refluxo começa com a análise clínica dos sintomas e do histórico do paciente. O médico costuma investigar a frequência, a intensidade e a relação dos sintomas com a alimentação ou a postura.

Em alguns casos, exames complementares podem ser necessários, como a endoscopia digestiva alta, que permite visualizar possíveis inflamações no esôfago, ou a pHmetria, que mede a acidez do esôfago ao longo de 24 horas.

Esses exames ajudam a confirmar o diagnóstico e a descartar outras doenças que podem ter sintomas parecidos.

 É sempre importante procurar avaliação médica ao notar sinais persistentes de refluxo, para garantir o tratamento mais adequado.

O que é bom para aliviar o refluxo?

Aliviar o refluxo exige, primeiro, seguir as orientações médicas de forma rigorosa, principalmente quando há indicação de medicamentos.

 No entanto, algumas mudanças simples de rotina podem trazer conforto e reduzir os episódios de queimação e desconforto:

  • Fracionar as refeições: evite grandes volumes de comida de uma vez; fazer 5 a 6 refeições menores ao longo do dia costuma ajudar;
  • Evitar alimentos gordurosos e muito condimentados: esses alimentos tendem a relaxar o esfíncter esofágico e facilitam o refluxo;
  • Reduzir ou cortar bebidas alcoólicas e cafeína: o álcool e o café podem piorar os sintomas em muitas pessoas;
  • Limitar o consumo de refrigerantes: o gás e o volume dessas bebidas favorecem o refluxo;
  • Evitar deitar logo após comer: aguarde, no mínimo, duas horas antes de se deitar;
  • Elevar a cabeceira da cama de 10 a 15 cm, para impedir que o ácido suba durante o sono;
  • Manter um peso saudável: o excesso de peso aumenta a pressão intra-abdominal e favorece o refluxo;
  • Vestir roupas confortáveis: roupas muito apertadas, principalmente na cintura, podem comprimir o estômago e facilitar o refluxo;
  • Evitar o fumo: fumar piora o refluxo e prejudica a cicatrização do esôfago;
  • Praticar atividade física regularmente: evite, contudo, exercícios de alta intensidade logo após as refeições.

 

Sempre que surgirem dúvidas ou quando os sintomas persistirem, procure orientação médica antes de fazer qualquer mudança brusca na alimentação ou iniciar medicamentos por conta própria.

Quando o refluxo é considerado grave?

Pessoa com a mão no peito, demonstrando como o refluxo pode ser tratado

Quando não controlado, o refluxo pode evoluir para formas mais graves e passa a ser preocupante se provoca inflamações importantes no esôfago, conhecidas como esofagites, ou quando surgem complicações, como úlceras, hemorragias e estreitamento do esôfago (estenose), que dificulta a passagem dos alimentos. 

Outra complicação séria é o esôfago de Barrett, uma alteração no revestimento do esôfago que aumenta o risco de câncer nessa região. Além disso, o refluxo merece atenção redobrada quando:

  • os sintomas aparecem várias vezes na semana, sem melhora, e interferem no sono e na alimentação;
  • surgem dores fortes no peito que podem ser confundidas com problemas cardíacos;
  • há perda de peso involuntária ou dificuldade de engolir.

 

Em qualquer um desses cenários, é fundamental procurar um especialista para avaliação completa, diagnóstico preciso e definição do melhor tratamento, evitando que a doença avance e comprometa a saúde de forma mais séria.

Dicas para quem tem refluxo

Conviver com o refluxo pode ser incômodo, mas algumas medidas simples no dia a dia fazem grande diferença. 

Dar preferência a refeições menores e menos gordurosas, evitar deitar logo após comer, manter um peso saudável e reduzir o consumo de bebidas alcoólicas, refrigerantes e cafeína são atitudes que ajudam muito a controlar os sintomas.

Além disso, elevar a cabeceira da cama e evitar roupas muito apertadas podem contribuir para reduzir a pressão sobre o estômago, diminuindo a chance de o ácido voltar ao esôfago, principalmente durante a noite.

Também é importante não fumar e procurar incluir atividade física regular na rotina, sempre respeitando o tempo de digestão. 

Mesmo assim, vale lembrar que essas dicas não substituem a orientação médica, essencial para avaliar a gravidade do quadro, indicar exames quando necessário e garantir o tratamento mais adequado para cada pessoa.

Se os sintomas forem frequentes ou não melhorarem, procure um médico para cuidar da saúde de forma segura.

Converse com seu médico sobre alternativas de tratamento. Ao receber uma receita, conte com os produtos da União Química para o aparelho digestivo.

Conclusão

O refluxo é um problema comum e que pode afetar muito a qualidade de vida, mas felizmente existem formas seguras de controlar os sintomas e evitar complicações.

Ajustes simples nos hábitos diários, aliados ao acompanhamento médico, costumam fazer diferença tanto na prevenção quanto no alívio do desconforto.

Se você perceber que os sintomas são frequentes ou não melhorar, procure ajuda profissional para investigar as causas e definir o melhor tratamento. 

Cuidar da saúde digestiva é um passo importante para viver com mais bem-estar e tranquilidade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS





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