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Atualizado em 01/08/2025
Embora ainda circulem mitos populares, como a ideia de que o terçol estaria relacionado a desejos de gravidez reprimidos, a ciência nos mostra que essa condição tem causas bem definidas e está longe de ser um sinal místico.
O terçol é uma inflamação das pálpebras, que pode causar dor, desconforto e impactar diretamente a qualidade de vida. Trata-se de uma condição que muita gente já teve ou ainda vai ter, e que merece atenção.
Neste artigo, você vai entender o que é, de fato, o terçol, quais são suas causas, como diferenciá-lo de outras condições como a conjuntivite, quais são os sintomas típicos e como tratar corretamente.
Vamos também abordar fatores de risco, formas eficazes de prevenção e a importância de buscar orientação médica. Boa leitura!
O terçol, também chamado de hordéolo, é uma inflamação aguda e localizada que afeta as pálpebras. Trata-se, geralmente, de uma infecção bacteriana, mais comumente causada pela bactéria Staphylococcus aureus.
O processo inflamatório leva à formação de um nódulo doloroso e avermelhado próximo à borda da pálpebra, que pode causar desconforto ao piscar ou ao tocar a região.
Há dois tipos principais de terçol: externo e interno.
O terçol externo costuma surgir na base dos cílios e está relacionado à infecção das glândulas de Zeis ou Moll, próximas aos folículos ciliares. Já o terçol interno é causado pela infecção de uma glândula de Meibômio, localizada na parte interna da pálpebra.
Em alguns casos, a condição pode evoluir com a formação de um pequeno abcesso ou ser acompanhada por celulite palpebral, uma infecção mais profunda dos tecidos da pálpebra.
Além da infecção, a obstrução das glândulas da pálpebra, especialmente em pessoas com blefarite crônica, é um fator que contribui para o aparecimento do terçol.
Apesar de ambos afetarem os olhos e poderem causar vermelhidão e desconforto, o terçol e a conjuntivite são condições distintas, com causas e características clínicas diferentes.
O terçol é uma inflamação localizada da pálpebra, geralmente dolorosa, que se manifesta como um caroço vermelho e inchado, normalmente próximo à base dos cílios. Seu principal agente causador é uma bactéria, e ele não costuma afetar diretamente o globo ocular.
Já a conjuntivite é uma inflamação da conjuntiva — a membrana transparente que reveste a parte branca dos olhos e o interior das pálpebras.
Pode ser causada por vírus, bactérias ou alergias, e costuma provocar vermelhidão difusa, sensação de areia nos olhos, secreção (especialmente ao acordar) e coceira. A dor é menos comum, e o inchaço não se concentra em um ponto específico como no terçol.
Na maioria dos casos, o terçol tem evolução benigna e desaparece espontaneamente entre 3 a 7 dias. O uso de compressas mornas aplicadas sobre a região ajuda a acelerar a drenagem e aliviar os sintomas.
É importante evitar espremer ou manipular o terçol, pois isso pode agravar a infecção ou disseminá-la para outras áreas da pálpebra. Caso os sintomas persistam por mais de uma semana ou se agravem, é recomendável procurar avaliação médica.
Leia mais: Tipos de colírios: quais são e cuidados na aplicação
O sintoma mais característico do terçol é um inchaço localizado na pálpebra. No entanto, outros sinais também podem surgir, entre eles:
Nem todos os indivíduos apresentam todos os sintomas. Por isso, a avaliação de um oftalmologista é essencial para confirmar o diagnóstico e indicar o tratamento mais adequado.
O terçol é geralmente causado por uma combinação de fatores que envolvem obstrução das glândulas palpebrais e infecção bacteriana. Veja as principais causas:
Além desses, há também fatores comportamentais e ambientais relacionados, como:
Embora o terçol possa afetar qualquer pessoa, alguns grupos apresentam maior predisposição:
Esses fatores aumentam a chance de obstruções nas glândulas das pálpebras e favorecem o desenvolvimento do terçol.
Não, o terçol (hordéolo) não é contagioso. Apesar de ser uma infecção ocular, ele não é transmitido de pessoa para pessoa. Ou seja, o contato direto com alguém que esteja com terçol não oferece risco de contágio.
No entanto, é possível que uma mesma pessoa desenvolva mais de um hordéolo simultaneamente na mesma ou em diferentes pálpebras.
Ainda assim, cuidados com a higiene das mãos e o não compartilhamento de objetos de uso pessoal, como toalhas, lenços e maquiagem, são importantes.
Isso porque essas práticas ajudam a evitar que as bactérias naturalmente presentes na pele se proliferem ou migrem para os olhos.
O tratamento do terçol, na maioria dos casos, é simples e consiste principalmente na aplicação de compressas mornas e úmidas sobre a pálpebra afetada. Basta aplicar a compressa por cerca de 10 a 15 minutos, de 3 a 4 vezes ao dia.
Além das compressas, o oftalmologista pode prescrever:
Embora o terçol não costume representar uma ameaça grave à saúde ocular, somente um médico oftalmologista pode realizar um diagnóstico preciso.
O diagnóstico é importante para confirmar que se trata de um hordéolo e não de outras condições semelhantes, como o calázio ou até lesões mais sérias.
A automedicação deve ser evitada. O uso de medicamentos sem prescrição pode mascarar os sintomas, retardar o tratamento adequado ou agravar a inflamação.
Prevenir o terçol envolve cuidados simples, mas essenciais com a higiene ocular e a saúde das pálpebras. Veja algumas recomendações práticas para a prevenção:
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O terçol é uma condição comum, mas que exige atenção. Saber reconhecer os sintomas, identificar as causas e buscar tratamento adequado são passos importantes para evitar complicações e promover uma recuperação mais rápida.
Além disso, a prevenção através de bons hábitos de higiene e o acompanhamento com oftalmologistas são fundamentais, especialmente para quem possui fatores de risco.
Aproveite para explorar os outros conteúdos sobre saúde ocular no blog da União Química.
Referências bibliográficas:
MSD Manual – Profissionais de Saúde. Calázio e Hordéolo (Terçol). Disponível em:https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/distúrbios-oftalmológicos/doenças-palpebrais-e-lacrimais/calázio-e-hordéolo-terçol
Bragg K, Le P, Le J. Hordeolum. In: StatPearls [Internet]. Treasure Island (FL): StatPearls Publishing; 2025. Disponível em:
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28723014/
Kim JH, et al. Clinical characteristics of Demodex-associated recurrent hordeola. Sci Rep. 2021;11(1):21578. doi:10.1038/s41598-021-00599-7. Disponível em:
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34725365/